O São Paulo tem atuado com três atacantes: Luis Fabiano, Ademilson e Osvaldo. Mas é o zagueiro
Antônio Carlos quem começa 2014 com o selo de artilheiro tricolor. Mais eficiente que os companheiros do setor ofensivo, o beque marcou os dois gols da vitória sobre o Oeste por 2 a 1, domingo, no Morumbi, e soma um gol a mais do que o trio citado
(veja os gols no vídeo). A facilidade de balançar a rede vem dos tempos de juvenil, quando ele atuava na frente. Mas o faro de gol é constantemente apurado em toda véspera de jogo, quando Antônio arrebenta nos rachões do CT da Barra Funda.
– No rachão, eu jogo de atacante e faço meus gols também. Isso criou uma zoação com o pessoal. Quando perco alguma chance, os jogadores de ataque zoam comigo. Como resposta, eu digo que estou guardando para o jogo. Graças a Deus, não faço gols só em rachão. Espero, junto com meus companheiros, continuar a ajudar o São Paulo – disse Antônio Carlos.
– Eu tenho feito gols, mas não sou mais atacante. Eu até posso ajudar o time com gols, mas sempre saindo da defesa, que é o meu lugar certo. A diretoria está correndo atrás de contratações para a frente e estamos esperando – respondeu o beque.
Com sete tentos marcados em apenas 24 jogos com a camisa do São Paulo, o jogador assumiu o ranking dos zagueiros com melhor média de gols no Tricolor, informou o próprio clube. Ele tem média de 0,29 gol por partida e, com isso, superou Turcão, que marcou 35 em 224 jogos (0,16 gol por partida). Antônio Carlos admite a surpresa com os números no clube ao qual chegou no ano passado, após longa passagem pelo Botafogo. Contra o Oeste foi a terceira vez que ele marcou dois gols em uma partida pelo Tricolor. Ele fez o mesmo contra Vitória e Nacional de Medellín, em 2013.
– A média está bem alta para um zagueiro. Nos outros times, eu não fiz tanto gol em poucos jogos. Eu não esperava isso. Fiquei quatro anos no Botafogo e fiz 25 gols. Mas eu faço muitos gols de cabeça, como os dois de ontem (domingo).
Curiosamente, o segredo do camisa 4 para marcar de cabeça, segundo ele mesmo, é o fato de não ser um jogador tão alto. De acordo com os dados do Tricolor, o defensor mede 1,85m.
– Eu não sou tão alto. E por isso, eu sempre treino muito impulsão. Isso me ajuda muito, porque eu consigo subir mais alto do que os zagueiros do outro time. É complicado lá na frente. A marcação é sempre muito forte, mas eu consigo achar espaço e faço os meus gols, graças a Deus.
Fonte: Globo Esporte
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