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6 de fevereiro de 2013

Ney Franco e a difícil tarefa de agradar a todos








No dia 26 de junho de 2012 o São Paulo Futebol clube demitiu o técnico Émerson Leão, depois de nove meses de um trabalho que não rendeu nenhum dos frutos esperados. Nem os títulos,  nem vaga na Libertadores, nem um bom futebol, e desta vez nem mesmo um bom time de "cascudos". 

Depois de dois anos longe da Copa Libertadores, recém eliminado da sua primeira chance de vaga à competição continental do ano seguinte, e com o time oscilando no Campeonato Brasileiro, o sinal de alerta se acendeu na Sala da Presidência.

Dez dias depois, Ney Franco foi anunciado como o novo técnico da equipe. Seu nome não despertou maiores paixões ou rejeições, e era visto somente como "um nome capaz de elevar o aproveitamento de nossas categorias de base no elenco profissional".

Mas logo ao chegar, Ney Franco não esquivou-se da grandeza do cargo nem dos encargos da função no mais vencedor clube brasileiro, e prometeu resultados imediatos. Traçou objetivos, e partiu em busca deles. Reavaliou todos atletas do elenco, ofereceu oportunidade aos que se destacaram, enfim - trabalhou.

O futebol da equipe cresceu. Muitas das soluções vieram de jogadores antes contestados, e as poucas contratações efetuadas funcionaram bem. Até o clima no elenco melhorou. Ney Franco conseguiu restabelecer o fundamental preceito da "meritocracia". - Treinou bem, se preparou, é útil à equipe? - Terá oportunidade. 

A defesa passou a sofrer menos gols, Tolói chegou e já se firmou, o "odiado" Paulo Miranda acertou a lateral direita, Wellington - voltando de contusão - e Denílson acertaram a cabeça-de-área, e Lucas, Osvaldo e Jádson se tornaram os municiadores que alavancaram a evolução de Luís Fabiano no segundo semestre, graças também ao esquema adotado por Ney: o 4-2-3-1.  Desta forma o time alcançou o quarto lugar no Campeonato Brasileiro, e o inédito título da Copa Sul-Americana - o primeiro em mata-matas desde a Libertadores 2005.

Depois de muito tempo, tínhamos um TIME.

E o São Paulo, enfim, conseguiu sua sonhada vaga para a Libertadores 2013, que disputaria já sem a "jóia da companhia" - Lucas - vendido ao PSG, mas com Paulo Henrique Ganso, contratado ainda em setembro, apesar de ainda recém recuperado de contusão.

Chegou 2013, e com apenas 20 dias de pré-temporada, Ney Franco já enfrentava sua primeira decisão no ano, e pela principal competição em disputa no primeiro semestre. Vaga garantida, apesar do tropeço na altitude de La Paz - além da utilíssima e pedagógica lição dada pelo fraco time boliviano.

Com pouco tempo para efetuar mudanças drásticas, Ney vai tentando aproximar o esquema do time àquele em que Ganso possa se encaixar - e vice-versa. Sabe do potencial e da qualidade do jovem meia-armador. 

Mas o tempo é escasso, e o desempenho do time - sem o devido entrosamento no 4-4-2 - cai com Ganso em campo. E Ganso também não se acha no 4-2-3-1.

Com exatos 7 dias para o início da fase de grupos da Libertadores, o que fazer?


Abordado seguidamente pela imprensa inquisidora, Ney garante que Ganso terá "sequência"... 


Ganso - ainda que pese seu inegável talento - não consegue ainda ser fundamental. Marcelo Cañete é quem tem se destacado dentro desta função, quase como um "estepe de Lucas", e por isso receberá uma chance como titular no teste de logo mais, contra a Ponte Preta...

Mas a imprensa enxerga no literalismo da palavra "sequência", a oportunidade para "cobrar" de Ney Franco uma suposta incoerência, já que Ganso foi listado para o jogo desta quarta-feira provavelmente como reserva. 

Entendo que Ganso jogará no próximo sábado, diante do Guarani, seis dias após enfrentar o Santos - também como titular. Ainda que com o "time reserva", o tempo em campo será útil para aprimorar seu preparo físico, seu tempo de bola, enfim ... todos seus fundamentos técnicos.

Mas aos nossos jornalistas é muito mais "conveniente" tentar arrancar de Ney Franco ou de Ganso alguma declaração mais ácida, baseada num entendimento obtuso dos fatos, do que fazer a óbvia análise de que O TIME TERÁ PELA FRENTE UM IMPORTANTE CONFRONTO PELA LIBERTADORES, e que por isso "TREINAR TÁTICAS ALTERNATIVAS" DEIXA DE SER PRIORIDADE.

Destes jornalistas eu espero tudo, principalmente o que houver de pior ...

O que é inaceitável é parte da torcida cair na lábia cada vez mais pobre do jornalismo esportivo que vemos por aí ...

Ney Franco tem compromisso com o São Paulo Futebol Clube. O acerto da equipe - seja com qual formação for - é a prioridade! 

Já disse isso antes, mas vou repetir: Ganso é excelente jogador, tem potencial para ser um grande craque, e ainda será muito útil ao nosso Tricolor. Mas para isso será necessário algum tempo. Por ora, precisamos vencer o Atlético/MG em Minas Gerais ... 

Até aqui Ney Franco tem feito o correto: Adotar o esquema e os jogadores que têm dado melhores resultados... Merece todo nosso crédito e a nossa torcida...

O resto pode esperar!

#AvanteMeuTricolor

@AleGBruno

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