Choque Rei
Domingo ensolarado, aliás, tinha um sol pra cada um. Que
calor! Passei a semana na bela Vitória, ES e de lá decidi que ia ao Pacaembu no
domingo. Combinei com meu irmão e tudo certo. Sábado fui até o Morumbi comprar
ingressos. Chegue lá por volta das 13:30h e para a minha surpresa não havia
filas. Literalmente vazios os guichês. Seriam os preços (R$ 60,00 é caro demais
para ficar naquele “cantinho” do estádio) que afastaram o torcedor ou o
presságio de um resultado adverso?
Decidimos ir de taxi para o estádio, achamos que o risco
seria menor. Obviamente não usávamos a camisa do São Paulo. Descemos a Avenida
Pacaembu, junto com os torcedores adversários. Muitas famílias e mulheres no
meio dos palestrinos. Só eu e meu irmão não usávamos verde...
Entramos sem problemas nas ruas destinada a torcida São
Paulina. Lá ficaram visíveis os problemas sociais que temos. Lixo por toda
parte, muros pichados com provocações homofóbicas, barreiras policiais, um
verdadeiro retrato da triste sociedade em que vivemos. Entramos no estádio o
mais rápido que pudemos e para a nossa surpresa, nenhuma fila para entrar.
Vamos ao jogo: o São Paulo veio repetindo as últimas
formações, com três atacantes. Iniciamos o jogo um pouco melhor que a equipe
adversária. O tricolor dava um falso espaço para o Palmeiras sair jogando e na
intermediária/meio campo, o São Paulo apertava para roubar a bola e sair em
contra-ataque. Roubamos algumas bolas mas não soubemos penetrar a zaga
adversária, principalmente pelos inúmeros passes errados do Ademilson.
O Palmeiras, num postura tática diferente, com dois
volantes, sendo que Wesley saia bastante pro jogo, igualou a partida e passou a
incomodar o São Paulo, conseguindo finalizar. Rogério fez ótima defesa em
finalização do Leandro. No lance seguinte, nosso zagueiro Antonio Carlos,
infantilmente, sem nenhuma necessidade, faz falta em Valdívia, que estava de
costas para o gol São Paulino. Na cobrança, levamos o gol do Chileno.
Ceni ainda teria feito boa defesa em forte finalização de
Mazinho de fora da área.
Fomos para o intervalo. Passamos 45 minutos sem finalizar.
ZERO! Nenhuma única bola chutada ao gol do Fernando Prass.
Muricy decidiu voltar com a mesma formação. Era necessário
mudar. O lado direito do São Paulo era inexistente. NULO. A dupla Luís Ricardo
e Ademilson produziam menos que nossos congressistas. Erraram tudo o que
tentaram. Aliás, que dia o Luís Ricardo vai estrear? A verdade é que o começo
de temporada dele é horroroso. Suas atuações têm me feito ter saudades do
Douglas, que, aliás, já fez gol e deu assistência esse ano. Douglas poderia ter
entrado no lugar de qualquer um dos dois. Entendo que Muricy errou em não
mexer.
Pra piorar, quando o fez, em minha opinião, tirou o atacante
errado. Não era Osvaldo quem tinha que sair, e sim Ademilson, que ainda bem,
com a chegada de Pabón deve ir para o banco. A entrada de Jadson não surtiu
enfeito algum. Ganso que estava muito apagado, bem aquém do que pode render,
saiu para a entrada do menino Ewandro. Na teoria, voltamos para o 4-3-3, só que
com dois atacantes de área. Virou um balaio. E o que era possível, aconteceu.
Em mais um erro do Luís Ricardo, pênalti desnecessário do Rodrigo Caio. Em boa
cobrança de Alan Kardec, dois a zero para o adversário.
O que mais me aborrece é a apatia. A falta de querer vencer,
ainda mais sendo um clássico, com a torcida adversária o tempo todo
hostilizando a honra tricolor. Jogador tem que querer ganhar. Garra e espírito
de luta não podem faltar. O São Paulo foi apático, parecia que tanto fazia
ganhar ou perder. Só Rogério Ceni jogou, esse nunca será apático, jamais.
Tenho sérias preocupações com o time. Me perdoem os que
pensam o contrário: Rodrigo Caio não é zagueiro, líbero sim, zagueiro não.
Antônio Carlos é fraco. É melhor atacante que zagueiro. Luís Ricardo, pera aí,
deixa eu ver, quem é Luís Ricardo? Alguém já o viu jogar no São Paulo?
Wellington é um torcedor que assiste ao jogo de um lugar privilegiado.
Ademilson não pode ser titular do São Paulo, com todo o esforço do mundo, no
máximo reserva. Por que não dar chance ao Roger Carvalho? Como saberemos se ele
sabe jogar? Não é hora de testar um 3-5-2 com Rodrigo Caio de líbero, alas mais
soltos para apoiar ao ataque?
Pelo clássico, o esquema atual do São Paulo não criou coisa
alguma e o time ainda ficou exposto ao ataque e contra-ataque adversário. O
placar do jogo foi inquestionável. Entendo que Souza ajudará a aglutinar o
time, ficar mais compacto. Agora, Souza é mais segundo volante que primeiro.
Jogará de primeiro homem? Se jogar de segundo, continuaremos com o Wellington?
Wellington não dá!
Enfim, o jeito foi sair um pouco antes de o jogo acabar,
pegar um taxi e ir embora pra casa, bem preocupado depois de ter visto um time
grande, por 90 minutos, em um clássico, não chutar uma bola ao gol adversário.
E vocês, o que acharam? Concordam com a análise? Como
escalariam o São Paulo de vocês, já contando com Souza e Pabon? Vamos debater?
Sigam-me no twitter: @guna004. Lá o São Paulo
sempre estará em primeiro lugar. Beijos as meninas, abraços aos rapazes.
O que acontece com o R. Carvalho? Nem no banco tem ficado.
ResponderExcluirAinda está machucado?