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29 de janeiro de 2014

Eleições já causam conflitos nos 4 grandes de SP

Ao mesmo tempo, os quatro maiores clubes de São Paulo enfrentam turbulências provocadas por suas próximas eleições para presidente, apesar de os pleitos serem em datas diferentes.
O exemplo mais recente dessa instabilidade política foi dado pelo São Paulo, no final da tarde desta terça, com uma nota divulgada pela diretoria acusando a oposição de melar o acordo com a Andrade Gutierrez para a construção da cobertura do Morumbi. O novo presidente será escolhido em abril.
No comunicado publicado no site do clube, a direção são-paulina reproduz carta em que a Andrade Gutierrez anuncia a rescisão do contrato para a cobertura, alegando o fato de o Conselho Deliberativo não ter aprovado o projeto na data prevista, além de citar críticas públicas que teriam atingido a reputação da construtora. Os ataques foram feitos por conselheiros oposicionistas que boicotaram a reunião em que seria aprovado o contrato.
“A oposição adotou a estratégia errada. Agora todos nós seremos julgados em abril pelos sócios. Vamos ver o que acontece”, disse Francisco Manssur, assessor do presidente Juvenal Juvêncio e encarregado do projeto da cobertura.
O clube tentará encontrar uma substituta para a Andrade Gutierrez, pois diz ainda ter os investidores interessados no projeto. A decisão deve manter a cobertura como pano de fundo para a batalha política por mais tempo.
“Não acredito que eles consigam substituir a construtora assim da noite para o dia. Aliás, não entendo essa pressa do Juvenal para assinar esse contrato. Ele deveria deixar o próximo presidente cuidar disso. E fizeram uma palhaçada com a gente, fazendo reuniões sobre o projeto quando eles já sabiam que a construtora sairia”, afirmou Kalil Rocha Abdala, candidato da oposição.
“Não entendo como ele pode criticar o projeto se não participou das reuniões sobre o contrato. No sábado, foi embora dizendo que tinha compromisso na Santa Casa. Como vai ser se ele for presidente? Por mais capacitado que seja, e ele é, administrar a Santa Casa e o São Paulo é impossível para qualquer pessoa”, disse Manssur, rebatendo Kalil. Manssur também assegurou que o clube só soube na terça da decisão da parceira.
O candidato da oposição, adversário de Carlos Miguel Aidar em abril, negou que tenha deixado de participar da reunião de sábado para ir à Santa Casa, da qual é provedor. Afirmou que não participou por discordar do projeto.
A eleição no clube será em duas etapas. Primeiro, os sócios elegerão 80 conselheiros. Depois, 240 membros do Conselho Deliberativo vão escolher o presidente.
Pouco ante de o São Paulo soltar seu comunicado nesta terça, os termômetros da Vila Belmiro é que registravam temperatura alta. Conselheiros do clube estavam em polvorosa com as declarações de Neymar pai sobre a venda de seu filho para o Barcelona.
A afirmação de que ele foi autorizado em 2011 pelo clube a negociar com outros times e a confirmação de que recebeu 40 milhões de euros, enquanto o Santos levou 17 milhões de euros, imediatamente engrossaram o arsenal da oposição visando a eleição de dezembro.
Futebol atingido
No alvinegro do litoral, a política tem feito sérios estragos desde o ano passado. Já provocou trocas no Comitê de Gestão, a demissão de funcionários e um pedido de impeachment do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. Laor pediu licença médica em seguida. Recentemente, ele disse que interesses eleitoreiros atrapalharam a administração.
O grupo que formava a situação está esfacelado, novas correntes surgiram e o quadro para a eleição de dezembro ainda é indefinido.
A disputa atingiu o comando do futebol santista, já que Pedro Luiz Nunes Conceição, membro do Conselho Gestor que comandou o departamento, foi afastado no ano passado. Vários funcionários que atuavam no futebol foram demitidos.
No Corinthians, a disputa eleitoral também chegou perto do vestiário. Ronaldo Ximenes novo diretor do departamento assumiu em janeiro já sofrendo críticas de diversas correntes políticas. Os detratores dizem que o dirigente não tem experiência no futebol. Alegam também que sua escolha demonstra isolamento político do presidente Mário Gobbi.
Ximenes era assessor de Gobbi e chegou ao cargo justamente por ser ano eleitoral. Roberto de Andrade, seu antecessor, saiu para cuidar da campanha à presidência. A eleição será entre dezembro e janeiro.
Duílio Monteiro Alves, diretor-adjunto de futebol, também pediu afastamento, após alegar problemas de saúde em 2013. No entanto, o racha político entre aliados do ex-presidente e de Gobbi havia desgastado Andrade e Alves.
Uma prova do campo minado em que a campanha eleitoral transformou o Parque São Jorge é o fato de Ximenes ter telefonado para Andrés após ser convidado para ser diretor, a fim de saber se sua indicação tinha o apoio do ex-presidente. Conforme o blog apurou, Andrés não elogiou o indicado, mas disse não ter nada contra. Também de acordo com apuração do blog, após aceitar o convite, Ximenes teve até o cuidado de telefonar para aliados históricos de Andrés, como os conselheiros André Luiz Oliveira, o André Negão, e Manoel Evangelista, o Mané da Carne, para fazer a política da boa vizinhança.
André está na linha de frente da disputa eleitoral. Disse ao blog que será candidato e não irá desistir para apoiar outro nome da situação. No ano passado, Andrés declarou que Andrade é seu preferido para o pleito.
Enquanto a situação se divide, a oposição, que tem entre seus líderes o ex-dirigente Antônio Roque Citadini, faz reuniões quase diárias e esfrega as mãos antes de escolher seu representante. Calcula que, a cada nova rusga entre os situacionistas, aumentma as suas chances de chegar ao poder.
Nesse cenário, o novo diretor de futebol tem a missão de blindar o vestiário. No entanto, Ximenes avalia que o fato de ele e Gobbi não poderem ser candidatos por questões estatuárias já é uma forma de blindagem. E se defende das críticas sobre sua suposta inexperiência no futebol dizendo que frequentava o departamento no ano passado e que Andrade, Alves e até Gobbi não seguiram carreira na área antes de serem diretores de futebol.
Panetone
Já o Palmeiras começa a respirar eleição. O pleito deve ser só em dezembro, mas o grupo do opositor Roberto Frizzo, ex-vice de futebol, reclama que ele têm sofrido uma campanha desmoralizante comandada por situacionistas.
“É prematuro falar de eleição agora. Mas saiu em algum jornal que eu sou candidato e acho que isso incomodou. Em seguida, foram publicadas várias notícias sobre eu fazer campanha distribuindo panetones  com minha foto na embalagem, algo que nunca aconteceu. Isso acaba atingindo o próprio clube. Fica parecendo que só tem palhaço no Palmeiras”, disse Frizzo ao blog.
Mais dois nomes são considerados pré-candidatos: Wlademir Pescarmona, também opositor, e Paulo Nobre. O presidente recentemente convidou para uma festa em uma de suas propriedades todos os conselheiros, o técnico Gilson Kleina e a dupla Marco Polo Del Nero e José Maria Marin, que chegou de helicóptero.
O ato foi considerado um gesto de olho na eleição que, como no São Paulo, terá duas fases. Na primeira, cada chapa precisará da aprovação de 15% dos conselheiros. As que forem aprovadas serão votadas pelos sócios.
Questionado sore a festa, Nobre respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que o assunto é interno e que não seria tratado no blog.
Fonte: Blog do Perrone

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