Aprender com as glórias do passado

Desde o final do jogo contra o Atlético MG fiquei aqui matutando sobre como o SPFC pode chegar longe nessa Libertadores.
A verdade, é que até agora, quase 48h depois, estou com mais dúvidas do que certezas, mas andei me baseando em momentos do passado no torneio.
O time de 92 por exemplo: Inquestionável. Mas não começou bem...muito pelo contrário, levou um "sapeca" de 3x0 do Criciúma, fora de casa.
Lembro de assistir a esse jogo pela TV CNT/Gazeta na época (e acreditem, com Galvão Bueno narrando) e deu vergonha.
Era uma estréia pífia, digna de esquecer, mas a cobrança por parte dos torcedores era zero.
Não havíamos ainda sido contagiados pelo "Vírus da Libertadores" .
Lembro que depois daquele jogo o caminho foi mais suave, fui ao Morumbi dias depois contra o mesmo Criciúma e vi outro time jogando e fazendo sonoros 4x0 , devolvendo a goleada e com juros.
Ah...vale lembrar que caímos em um grupo com dois bolivianos, San José e Bolívar e o time jogou bem na altitude. Naquela época o sorteio era por países, grupos compostos por 4 clubes de 2 países diferentes.
Lembro também que o único susto foi a semifinal contra o Barcelona de Guayaquil, quando ganhamos de 3x0 no Morumbi e perdemos de 2x0 lá...quase empataram e levaram para os penais.
Ah...teve a final contra o Newell's, mas aí foi épico, não conta.
A verdade é que Telê começou a desenhar o time a partir daquele jogo.
A lateral-esquerda era uma incógnita.
Telê se desentendia com Nelsinho logo no início da Libertadores, e quem veio assumir a posição de maneira improvisada, foi o então volante Ivan , e só no decorrer da competição, Ronaldo Luís se firmou na lateral-esquerda.
Adílson, zagueiro de origem, fora improvisado como volante em vários jogos, ao lado de Pintado e as vezes de Ivan.
Ou seja, tirando o "fator Telê", aquele time de 92 também tinha problemas que foram resolvidos ao longo do torneio. O time foi se encontrando e encarnando o "Espírito Libertadores" .
O time de 2013 talvez seja o melhor SPFC dos últimos anos (se ainda tivesse Lucas, o "talvez" não estaria na frase).
Ney Franco tem pequenos problemas que no meu modo de ver futebol, são de fácil ajuste, a começar pela zaga, onde fica claro que Tolói deve ser o companheiro de Lúcio, basta insistir.
O outro é o ataque, e nisso sou muito pontual: Ou coloca um atacante pela direita (Cañete ou Aloísio) ou joga em outro esquema tático, pois Douglas não tem o mínimo cacoete para fazer o que Lucas fazia, e nem terá.E mais: se ficar nessa de improviso, pode se queimar e nem na lateral jogar mais.

Em resumo, de maneira alguma quero comparar o time de Telê com esse, mas a Libertadores é uma escola e se Ney Franco for um bom aluno, conseguirá acertar os pontos fracos do time e chegar longe.

Rumo ao Tetra!!
@gianperella